quarta-feira, agosto 24, 2011

Tripanossomíase Americana

Também conhecida como Doença de Chagas, em homenagem ao médico brasileiro Carlos Chagas, que descobriu a doença em 1909. A doença é causada pelo protozoário flagelado e com uma única mitocôndria, o Tripanosoma cruzi, que é transmitido pelas fezes do inseto barbeiro (triatoma). O nome do parasita foi dado por Carlos Chagas em homenagem ao também cientista Oswaldo Cruz. 

Segundo dados levantados pela SUCEN (Superintendência de controle de endemias), esse inseto de hábitos noturnos vive nas frestas das casas de pau-a-pique, ninhos de pássaros, tocas de animais, casca de troncos de árvores e embaixo de pedras.
# MODOS DE TRANSMISSÃO

º Forma vetorial - Passagem do protozoário das fezes do barbeiro através da pele lesada ou de mucosas, durante ou logo após o repasto sanguíneo;
º Via Oral - Ingestão de alimentos contaminados com o T. cruzi;
º Forma Transfusional - Por meio de hemoderivados, transplante de órgãos e tecidos provenientes de doadores contaminados;
º Transmissão vertical - Passagem do T. cruzi de mulheres infectadas para seus bebês durante a gestação ou o parto;
º Transmissão acidental - Contato de material contaminado com a pele lesionada ou com mucosas, durante manipulação em laboratório.
No Brasil, foram registrados casos de infecção transmitida por via oral em pessoas que tomaram caldo-de-cana ou comeram açaí moído.
# DESTRINCHANDO O CICLO DA DOENÇA DE CHAGAS

CONHECENDO AS FORMAS EVOLUTIVAS



Ciclo biológico - Doença de Chagas


# PERÍODO DE INCUBAÇÃO E TRANSMISSIBILIDADE

º INCUBAÇÃO: Varia de acordo com a forma de transmissão. Vetorial: 4 a 15 dias; Transfusional: 30 a 40 dias; Oral: 3 a 22 dias; Acidental: aprox. 20 dias; Vertical: pode ocorrer em qualquer período da gestação ou durante o parto.
º TRANSMISSIBILIDADE: O paciente chagásico pode albergar o T. cruzi no sangue e/ou tecidos por toda a vida, sendo um reservatório para os vetores com os quais tiver contato.

# SINTOMAS

º Febre e mal-estar;
º Inflamação e dor nos gânglios;
º Vermelhidão;
º Inchaço nos Olhos (sinal de romã);
º Aumento do fígado e do baço;
º Meningite e encefalite (complicações graves da doença).

* Com frequência a febre desaparece após alguns dias e a pessoa nem percebe o que lhe aconteceu, embora o parasita já esteja alojado. Como os sintomas nem sempre são perceptíveis o paciente acaba descobrindo muitos anos depois, ou ao realizar um exame de rotina.

# TRATAMENTO

A medicação é realiza sob acompanhamento médico em hospitais dado os efeitos colaterais que provoca, devendo ser mantida por ao menos um mês. Na fase aguda o efeito da medicação em geral é satisfatória, enquanto o parasita estiver circulando no sangue. Na fase crônica, não é indicado o mesmo tratamento, agora direciona-se ao controle das manifestações da doença e evitar complicações.

# RECOMENDAÇÕES

º Controle químico do vetor nas regiões endêmicas;
º Melhoria habitacional em áreas de alto risco;
º Controle rigoroso dos hemoderivados transfundidos (Triagem e sorologia dos doadores);
º Cuidados de higiene na produção e manipulação de alimentos de origem vegetal;
º Utilização rigorosa de equipamentos de biossegurança (Laboratórios).

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