sexta-feira, setembro 23, 2011

Analgésicos

Tem por função aliviar a dor. O alívio ocorre por meio do bloqueio das estímulos dolorosos sem levar a anestesia ou perda de consciência (desmaio). São divididos em: Analgésicos não-narcóticos e narcóticos.
 Não-narcóticos:

Paracetamol e dipirona. Tratam a dor leve à moderada.

Narcóticos:

Os opiáceos ou opioides são fortes, utilizados no tratamento da dor crônica e intensa. Os opiáceos são extraídos do ópio (líquido extraído da semente da papoula). Assim podem ser naturais ou sintéticos e com propriedades semelhante a morfina.

Opiáceos (Hipno analgésicos)

Além da analgesia; sonolência; dependência física e psíquica têm por características


Excitação do SNC seguida de uma depressão profunda;

Depressão respiratória, podendo levar à morte;

aumento do ritmo cardíaco seguido de uma redução drástica;

Hipotensão motivada pela vasodilatação;

Náuseas e vómitos;

Edema pulmonar devido à retenção urinária;

Diminuição do diâmetro da pupila (miose)

Classificação:

I - Agonistas (totais)- morfina, fentanil, petidina, alfentanil.
II- Agonistas parciais- buferidina, nalorfina.
III- Antagonistas- naloxona, naltrexona.

Mecanismo de ação:

Interagem com os receptores dos opioides endógenos (receptor opiáceo) ativando-os ou bloqueando-os. 
  • Receptores opioides:

I - Receptores mu (μ)localizados no córtex cerebral, tálamo e substância cinzenta periaquedutal. São responsáveis pela maioria dos efeitos analgésicos e por alguns dos efeitos indesejáveis importantes (por exemplo, depressão respiratória, euforia, sedação e dependência). A endorfina β e encefalinas têm maior afinidade para o receptor μ. 

II - Receptores delta (δ)apresentam uma distribuição difusa, sendo mais importantes na periferia, embora também possam contribuir para a analgesia. Os ligandos endógenos preferenciais deste receptor são as leu-encefalinas.

III - Receptores kapa (κ)localizados na medula espinhal, tálamo, hipotálamo e córtex cerebral. Contribuem para a analgesia a nível medular e podem induzir sedação e disforia, porém produzem relativamente poucos efeitos indesejáveis e não contribuem para a dependência. Como ligandos endógenos preferenciais deste receptor temos a dinorfina.


Os receptores opióides, pertencem à família dos receptores acoplados à proteína G, inibem a adenilato ciclase, reduzindo assim o conteúdo intracelular de cAMP. Todos os receptores opióides estão ligados através das proteínas G à inibição da adenilato ciclase. Além disso, facilitam a abertura dos canais de  K (causando hiperpolarização) e inibem a abertura dos canais de Ca2+(inibindo a ação de transmissores).



 Efeitos Farmacológicos:



quinta-feira, setembro 22, 2011

Anti-inflamatórios


 São medicamentos utilizados para amenizar sintomas como febre, dores e edemas decorrentes de uma agressão ao organismo. Existem, basicamente, duas classes de anti-inflamatórios. 
  1. Os Esteróides - Os ditos hormonais, também conhecidos como Cortisonas (dexametasona, Hidrocortisona, etc), glicocorticoides, corticosteroides. Que são agentes inibidores da produção das prostaglandinas leucotrienos pela ação inibitória sobre a enzima fosfolipase A
  2. Não-Esteroidais (AINES)- São a maioria dos medicamentos usados com intuito de reduzir a inflamação. Promovem inibição da cicloxigenase, interferindo na produção de prostaglandinas, prostaciclinas e tromboxanos. Seu principal uso   é na redução dos sintomas da inflamação como a dor e o edema. Cataflan, Piroxican, etc.
# A Dor: 
Experiencia emocional e sensorial desagradável, associada ao dano presente ou potencial, ou descrita como tal. (Conceito segundo a Associação Internacional de Estudos da Dor)
A dor é uma resposta resultante da integração central de impulsos periféricos, ativados por estímulos locais. Há basicamente três tipos de estímulo:

  • Mecânicos ou térmicos - ativam diretamente as terminações nervosas ou receptores;
  • Químicos - libertados na área da terminação nervosa;
  • Fatores liberados por células inflamatórias como a bradicinina, a serotonina, a histamina e as enzimas proteolíticas.
























# Mecanismo de Ação (AINES): 
O principal mecanismo de ação dos anti-inflamatórios é a inibição da cicloxigenase, enzima responsável pela conversão do ácido araquidônico em endoperóxidos, precursores das prostaglandinas. A liberação de prostaglandinas no organismo vem como resposta a uma lesão (Queimadura, ruptura, entorse ou distensão muscular), produz inchaço, avermelhado e a inflamação.
As prostaglandinas alteram o diâmetro dos vasos sanguíneos, elevam a temperatura corporal como resposta a infecção e desempenha um papel fundamental na coagulação do sangue. Ainda protegem o estômago da ação do suco gástrico, o seu uso continuo leva a acidez, indigestão e úlceras pépticas.

Mecanismo de ação dos anti-inflamatórios

O Bloqueio das prostaglandinas acarreta:

  • Inibição da reação inflamatória;
  • Inibição da transmissão talâmica da Dor;
  • Menor oferta desses mediadores;
  • Ativação do sistema analgésico central;
  • Elevação do limiar térmico hipotalâmico;
  • Aumenta a sensibilidade dos nociceptores (hiperestesia).
A enzima Cicloxigenase ( Cox ):

  • A Cox possui duas formas ligeiramente diferentes: COX-1 e COX-2.
  • São importantes na cascata do Ácido Araquidônico, pois o transforma em dois tipos de compostos: Prostaglandinas e Tromboxanos
  • A maioria dos efeitos adversos deve-se a inibição da COX-1 que no estômago as prostaglandinas levam a produção do muco gástrico, que protege as células da mucosa gástrica dos esfeitos corrosivos do Ácido Gástrico. 
  • Os inibidores tanto da COX-1 como o da COX-2, alteram a agregação plaquetária e causam efeitos tóxicos renais e gastrointestinais.
  • Inibidores da COX-2 não interferem na COX-1 (a protetora do estômago).
Bloqueadores da COX-1 e da COX-2

Bloqueadores específicos da COX-2

# Efeitos Adversos:
  1.  Dispepsia
  2. Hemorragia gástrica;
  3. Náuseas e Vômitos;
  4. Risco de Úlceras Gástricas - no uso prolongado;
  5. Alergias, eritemas;
  6. Insuficiência Renal reversível com cessação do remédio;
  7. Nefropatia irreversível;
  8. Acidose Metabólica por overdose com aspirina;
  9. Síndrome de Reye;
  10. Durante a gestação: 
A) Hipertensão pulmonar persistente no recém-nascido;
B) Inibição da agregação plaquetária.




Farmacologia do Sistema Nervoso Central

O Sistema Nervoso Central (SNC) funciona como processador de informação, mantendo a hemostasia de vários sistemas, regulando funções vegetativas e possibilitando raciocínios lógicos, julgamento e comunicação simbólica. Recebe sinais detectados por receptores periféricos e conduzidos por vias aferentes sensitivas. Analisa, filtra, armazena e relembra essas informações, programando reações motoras comunicadas por nervos eferentes à órgãos executores.

Esquema Resumitivo - SNC
As drogas que atuam diretamente e indiretamente no SNC tem como objetivo: 
  • Aliviar a sensação de dor; 
  • Reduzir a temperatura Corporal; 
  • Suprimir distúrbios de movimento; 
  • Alterar o apetite; 
  • Estados de vigília; 
  • Ansiedades, etc.
Os efeitos farmacológicos alteram:
  • Comportamento;
  • Sensibilidade;
  • Consciência
  • Motilidade.
# Classificação das Drogas que atuam no SNC:
  • Anti-inflamatórios;
  • Analgésicos;
  • Sedativos;
  • Hipnóticos;
  • Anticolinérgicos.


O tempo de meia vida dos fármacos (T 1/2)

A T 1/2 é um conceito cronológico que indica tempo que uma concentração da droga se reduz a metade de seu valor. Fórmula: 

Em farmacocinética a T1/2 representa o tempo gasto para que a Concentração Plasmática ou a quantidade original de um fármaco no organismo se reduz a metade. A concentração decresce em 50% do valor que tinha no início do período.

O tempo de meia-vida ou T1/2 é um importante parâmetro farmacocinético. A caracterização de um evento pelo valor da meia-vida possibilita uma estimativa da rapidez com que o processo ocorre, originando dados importantes para a interpretação dos efeitos terapêuticos ou tóxicos dos fármacos, da duração do efeito farmacológico dos fármacos, da duração do efeito farmacológico e do regime posológico adequado. (Link da Fonte, Acessado em 3/4/12, às 17:20hs.)

# Tabela da T1/2:

Tabela auto-explicativa da T1/2.

quarta-feira, setembro 21, 2011

Farmacocinética Básica

# Farmacocinética é o caminho que o medicamento faz no organismo. Não estuda o seu mecanismo de ação mais sim as etapas que a droga sofre desde a administração até a excreção, que são: absorção, distribuição, bio-transformação e excreção. Note também que uma vez a droga no organismo, essas etapas ocorrem de forma simultânea sendo essa divisão apenas de caráter Didático.

# Etapas da Farmacocinética:

Absorção: É a primeira etapa que começa com a escolha da via de administração até o momento que a droga entra na corrente sanguínea, assim as vias intra-venosa e intra-arterial não passam por esta etapa.

Existem fatores interferem nessa etapa, dentre estes temos : o pH do meio, forma farmacêutica e patologias (úlceras por exemplo), dose da droga a ser administrada, concentração da droga na circulação sistêmica, concentração da droga no local de ação, distribuição da droga organicamente, as drogas nos tecidos de distribuição e a eliminação metabolizada ou excretada. Temos ainda um fator a ser relevado que é a característica química da droga pois esta interfere no processo de absorção.

Efeito de primeira passagem é a metabolização pelo fígado e pela microbiota intestinal, antes que o fármaco chegue a circulação sistêmica. As vias de administração que estão sujeitas a esse efeito são: Via Oral e Via Retal.

Distribuição: Nessa etapa a droga é distribuída no organismo através da circulação. O processamento da droga no organismo passa em primeiramente nos órgãos de maior vascularização (como SNC, pulmão, coração) e depois sofre redistribuição aos tecidos de menos irrigação (tecido adiposo por exemplo). É nessa etapa em que a droga chega ao ponto onde vai atuar. Nessa etapa poderá ocorrer : baixa concentração de proteínas plasmáticas (necessárias para a formação da fração ligada) como desnutrição, hepatite e cirrose, que destroem hepatócitos, que são células produtoras de proteínas plasmáticas,reduzindo assim o nível destas no sangue.
Atingindo a circulação sanguínea, o fármaco é distribuído aos tecidos: Suscetíveis (sofrem ação farmacológica); Ativos (biotransformam o fármaco); Indiferentes (reservatórios temporários); Emunctórios (eliminados).
Ficar na Memória


Biotransformação (Metabolização): Muitos fármacos são transformados no organismo por ação enzimática. Essa transformação pode constituir em degradação (oxidação, redução, hidrólise), ou em síntese de novas substâncias (conjugação). Como resultado temos a inativação completa ou parcial dos efeitos farmacológicos.
Fatores que influenciam na Biotransformação:

  • Inibição e indução enzimática;
  • Idade, sexo, espécie e patologias;
  • Tolerância farmacológica;
  • Uso de outras drogas.
Excreção / Eliminação: O fármaco é eliminado do organismo por meio de um órgão excretor. Os principais são rins e fígado, mas também são excretados pelas  fezes. Os fármacos eliminados podem estar quimicamente inalterados (medicações polares) ou na forma de metabólitos.

Curiosidade
>> Processos Farmacológicos

Quadro do comportamento do fármaco no organismo.

terça-feira, setembro 20, 2011

Conceitos Importantes sobre Dosagem

* Posologia: É o estudo das doses de administração dos medicamentos;

* Dose: É uma quantidade de uma droga que quando administrada no organismos produz um efeito terapêutico. 


Classificam-se em:
  • Dose mínima: é a menor quantidade de um medicamento capaz de produzir o efeito terapêutico.
  • Dose máxima: é a maior quantidade de um medicamento capaz de reproduzir o efeito terapêutico. Se esta dose for ultrapassada ocorrerá efeitos tóxicos ao organismo doente.
  • Dose tóxica: é a quantidade de medicamento que ultrapassa a dose máxima, causando pertubações, intoxicações ao organismo, até a morte.
  • Dose Letal: é a quantidade de um medicamento que causa a MORTE.

sábado, setembro 03, 2011

Formas Farmacêuticas

º° FORMAS FARMACÊUTICAS LÍQUIDAS:

Apresentam-se como soluções, xaropes, emulsões ou suspensões que contêm um ou mais fármacos em veículo apropriado. Podem ser usadas por diferentes vias de administração.

SOLUÇÕES:

São preparações que contêm um ou mais fármacos dissolvidos em água. Podem ser administrados por vias enterais ou parenterais.

XAROPES:

São preparações líquidas aquosas viscosas graças a grande quantidade de açúcar. Podem conter um ou mais fármacos, corantes, aromatizantes e adjuvantes. Seu uso prolongado pode proporcionar maior índice de cáries e afetar  o controle metabólico de pacientes com diabete melito. 

ELIXIRES:

São fármacos dissolvidos em álcool e água, são agradáveis ao paladar. O conteúdo alcoólico melhora a estabilidade farmacológica. Os Elixires podem ser diluídos em pequenas quantidades de água para diminuir o conteúdo alcoólico.

EMULSÕES:

São obtidas pela dispersão de duas fases líquidas imiscíveis ou quase imiscíveis (água e óleo). Possuem viscosidade variável podendo ser bastante líquido até altamente viscosas, como os cremes.

SUSPENSÕES:

São dispersões de partículas sólidas do fármaco em um líquido aquoso no qual ele é insolúvel. Em repouso as partículas sólidas podem-se depositar no fundo do frasco, sendo indispensável agitar vigorosamente o frasco sua redispersão assegura a obtenção da dose adequada.


º° FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS:

PÓS E GRANULADOS:

Pós são misturas de fármacos com adjuvantes em forma seca, finamente divididos. Granulados são utilizados quando o fármaco é instável em meio aquoso (solução ou suspensão). Pós e granulados devem ser guardados em locais secos e ao abrigo da luz.

COMPRIMIDOS:

São formas farmacêuticas sólidas obtidas por compressão da mistura de pós, contendo fármacos e adjuvantes. Comprimidos revestidos tem sua superfície recoberta por camadas de substâncias diversas, como resinas, gomas, açúcares, ceras e corantes. Comprimidos mastigáveis contêm flavorizantes e adoçantes que lhes dão aspecto e gosto agradáveis. Comprimidos efervescentes devem ser desintegrados em solução antes da administração, liberando dióxido de carbono sob forma de bolhas.

DRÁGEAS:

São recobertas por um camada gastro-resistente e diversas camadas de açúcar, visando proteger o fármaco da degradação estomacal e liberá-lo no suco intestinal. Não devem ser quebradas ou mastigadas.

CÁPSULAS:

São preparações de consistência sólida, constituídas por invólucro de gelatina dura ou mole, de forma e capacidade variáveis, contendo fármacos na forma sólida (pós e granulados), líquida ou pastosa.

SUPOSITÓRIOS:

São formas farmacêuticas sólidas em  temperatura ambiente, se fundem ou dissolvem à temperatura do corpo. São utilizados na impossibilidade de uso oral ou quando o fármaco causa repugnância ao paciente.


º° FORMAS FARMACÊUTICAS SEMI-SÓLIDAS:


POMADAS E PASTAS:

São constituídas de base monofásica na qual podem ser dispersos fármacos sólidos ou líquidos. Aplicam-se por fricção. Quando contêm grande quantidade de sólidos em dispersão, são denominados Pastas.

GÉIS:

São constituídos de líquidos estruturados a partir de agente gelificantes.

PASTILHAS:

São preparações de consistência semi-sólida, em que se mistura o fármaco a adjuvantes auxiliares e sacarose ou goma. Devem dissolver lentamente na boca, não sendo mastigadas ou engolidas inteiras.

sexta-feira, setembro 02, 2011

Introdução à Farmacologia

A farmacologia é uma ciência que estuda os fármacos ou drogas (substâncias puras) e como estes interagem com os sistemas biológicos. 



º° DIVISÕES DA FARMACOLOGIA

>> Farmacologia geral - estuda as drogas em seus conceitos básicos;
>> Farmacocinética - estuda o movimento da droga no organismo;
>> Farmacodinâmica - estuda o mecanismo de ação da droga, efeitos bioquímicos e fisiológicos por elas produzidos no organismo.

º° FINALIDADE DOS FÁRMACOS

* Aliviar ou atenuar sinais e sintomas;
* Prevenir (vacinas e antibiótica terapêutica profilática);
* Ação anti-conceptiva;
* Diagnóstico  (contraste).


º° AÇÃO DOS MEDICAMENTOS

>> Ação Local - Age no local onde é administrada sem passar pela corrente sanguínea. Ex: pomadas e colírios.


>> Ação Sistêmica - Significa que a medicação é absorvida e depois entra na corrente sanguínea para atuar no local de ação desejada. Ex: antibióticos.


º° PRINCIPAIS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO


- Vias de administração são estruturas orgânicas com as quais o fármaco toma contato para iniciar sua série de processos.
Quadro das principais vias de administração medicamentosa
OBS: AS EXPLICAÇÕES QUE SEGUEM FORAM ENCONTRADAS E RESUMIDAS A PARTIR DO ARTIGO QUE SEGUE EM LINK: Artigo das vias de administração
# VIAS ENTERAIS
Quando o fármaco entra em contato com qualquer segmento do sistema gastrointestinal.


° Via Oral - É segura e mais conveniente, é menos dispendiosa e grande parte das medicações são administradas por esta via. As medicações orais estão disponíveis em muitas formas: comprimidos, drágeas, cápsulas, xaropes, óleos, líquidos, pós e grânulos. Geralmente essa medicações são prescrita em doses maiores do que seus equivalentes parenterais, devido a absorção através do trato gastrointestinal (TGI) elas são imediatamente metabolizadas no fígado antes de atingir a circulação sistêmica, diminuindo os efeitos adversos.
A administração oral é contra-indicada em pacientes inconscientes,náuseas e vômitos, bem como naqueles incapazes de engolir.
° Via Bucal - É utilizada principalmente para administração de fármacos de efeitos locais, sendo necessário utilizar um composto que tenha maior aderência pela mucosa bucal, devido a ação diluidora da saliva. As formas farmacêuticas mais usadas são: géis, vernizes, soluções e crobases.


° Via Sublingual - Permite a absorção do fármaco por tempo mais prolongado. Propicia absorção rápida de pequenas doses de alguns fármacos, devido ao rico suprimento sanguínea e a pouca espessura da mucosa absortiva, permitindo a absorção direta na corrente sanguínea. As formas farmacêuticas são comprimidos que devem ser dissolvidos pela saliva sem ser deglutidos.


° Via Retal - Utilizados em pacientes que apresentam vômitos, não sabem deglutir ou estão inconscientes. Suas limitações são a incomodidade de administração, possibilidade de efeitos irritativos na mucosa e absorção errática devido a pequena superfície absortiva e incerta retenção no reto. As formas farmacêuticas são: suspensões, supositórios e soluções.

# VIAS PARENTERAIS

Quando o fármaco não entra em contato com o sistema gastrointestinal. São diretas (acessadas por injeção) e indiretas ( o acesso a elas prescinde de injeção).

VIAS DIRETAS

° Via Intravenosa ou Endovenosa - Administração direta na veia afim de obter uma ação imediata do medicamento. A medicação pode ser administrada em qualquer veia periférica acessível ou ainda em mais profundas através dos cateteres endovenosos introduzidos por punção ou flebotomia. Esta via é indicada em emergências médicas e doenças graves.

° Via Intramuscular - Pouco dolorosa e irritante, é mais segura que a intravenosa. Esta via fornece uma ação sistêmica rápida e absorção de doses relativamente grandes. Recomendadas para pacientes não cooperativos e para as medicações que são alteradas pelo suco gástrico. São contra-indicadas para pacientes com deficit de coagulação, com doenças vascular periférica oclusiva, edema e choque.

° Via Subcutânea - São inconvenientes, incluem dor local. São administradas no tecido adiposo e move-se com mais rapidez para a corrente sanguínea que por via oral. Não é adequada para administração de grandes volumes e nem de substâncias irritantes. As formas farmacêuticas são: suspensões e soluções aquosas.

° Via Intradérmica - Usada principalmente para testes diagnósticos e vacinação. Sua absorção é mais lenta que por via subcutânea, é bastante usada para produzir um efeito local.

° Via Intratecal - É utilizada para administrar fármacos que não atravessam a barreira cérebro-sangue. Requer técnica especializada e também é comumente usada para a raquianestesia.

° Via Peridural - Utiliza o espaço delimitado pela duramáter que circunda a medula, sendo uma alternativa para anestesia de medula espinhal  e raízes nervosas.

° Via Intra arterial - É raramente empregada por dificuldade técnicas e pelos riscos que oferece. Usada com o objetivo de obter altas concentrações locais de fármacos, antes de ocorrer sua diluição por toda corrente sanguínea.

° Via Intracardíaca - Em desuso desde que foi substituída pela punção de grandes vasos venosos para administrar fármacos de reanimação cardiorrespiratória. 

° Via Intra articular - Injeta-se o fármaco na cavidade articular para aliviar a dor, preservar a função, prevenir contraturas e retardar a atrofia muscular.

° Via Intra óssea - Injetada quando for difícil ou impossível a infusão venosa rápida, a intra óssea permite a disposição de líquidos, medicações ou sangue total na medula óssea.

VIAS INDIRETAS

° Via Cutânea - Para obtenção fundamentalmente de efeitos tópicos. Sob certas circunstâncias produzem-se efeitos sistêmicos, terapêuticos ou tóxicos. A absorção depende da área de exposição, difusão do fármaco na derme, temperatura e estado de hidratação da pele.


° Via Respiratória (inalatória) - Estende-se desde a mucosa nasal até os alvéolos, pode ser usada para obter efeitos sistêmicos e locais. Vantagem: administração de pequenas doses para ação rápida e minimização de efeitos adversos sistêmicos. Desvantagem: pode irritar as mucosas, ter perda de efeito de uma dada dose devido a deposição das partículas inaladas.


° Via Conjuntival e Geniturinária - Usualmente empregadas para obtenção de efeitos locais. Os métodos utilizados são instilação e aplicação.

quinta-feira, setembro 01, 2011

Farmacologia Aplicada a Enfermagem

# Conteúdo Abordado no Blogger:

- Introdução à Farmacologia (conceitos básicos);
- Formas Farmacêuticas;
- Farmacocinética básica;
- Princípios gerais de ação dos fármacos;
- Interação medicamentosa;
- Farmacodinâmica básica;
- SNC e Controle da dor;
- Estimulantes do SNC;
- Hipnóticos (Sedativos);
- Sistema Nervoso Autônomo;
- Hemostasia sanguínea;
- Anestésicos locais e Alergias.
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# PEQUENO GLOSSÁRIO FARMACOLÓGICO

* Fármaco/Droga - Substância capaz de alterar os sistemas fisiológicos com os benefícios ou estados patológicos, como ou sem benefícios para o organismo.
* Medicamento - É uma associação da droga com uma substância coadjuvantes e ou outras drogas; Tem ação terapêutica, profilática e auxilia diagnósticos.
* Remédio - Procedimento farmacológico ou não que cura ou alivia sinais e sintomas, mas que não tem reconhecimento científico.
* Substâncias tóxicas - Capaz de causar danos, de tal ordem intensos, provocando sequelas persistentes e até a morte. Ex: Cianeto.
* Posologia - Como os medicamentos devem ser dosados.
* Formas farmacêuticas - Preparação farmacêutica, com o princípio ativo com outras substâncias. Ex: comprimidos, capsulas.
* Excipiente - Farmacologicamente inativo. Ex: vaselina, propilenoglicol.
* Adjuvante - Permite absorção mais fácil ou facilita ação.

quinta-feira, agosto 25, 2011

Leishmaniose Visceral

°º Taxonomia
# Família: Tryponosomatidas;
# Ordem: Kinetoplastida;


# Protozoário: Leishmania chagasi;
Vetor: Mosquito-palha ou birigui (Lutzomyia longipalpis);


# Ciclo: Heteroxênico;
# Formas: Promastigota e Amastigota.

°º Sinonímia

Calazar, esplenomegalia tropical, febre dundun, doença do cachorro, etc. 

°º Agente Etiológico

Protozoário tripanosomatídeos do gênero Leishmania, espécie Leishmania chagasi, parasita intracelular obrigatório sob forma aflagelada ou amastigota das células do sistema fagocítico mononuclear (Macrófagos). Dentro do tubo digestivo do vetor, as formas amastigotas diferenciam em promastigotas (flageladas). 

°º Reservatórios

Na área urbana o cão (Canis familiaris) é a principal fonte de infecção. As infecções em cães tem sido mais prevalente que nos homens.


No ambiente silvestre, os reservatórios são as raposas e os marsupiais. Questiona-se a possibilidade do homem também ser uma fonte de infecção.



°º Recomendações


Mantenha  a casa limpa e o quintal livre dos criadores de insetos. O mosquito-palha vive nas proximidades das residências, preferencialmente em lugares úmidos, mais escuros e com acúmulo de material orgânico. Ataca nas primeiras horas do dia ou ao entardecer;

Coloque telas nas janelas e embale sempre o lixo;

Cuide bem da saúde do seu cão. Ele pode se transformas num reservatório doméstico do parasita, que será transmitido para as pessoas próximas e outros animais;

Lembre-se de que os cados de leishmaniose são de comunicação compulsória ao serviço oficial da saúde.


°º Quadro Clínico e Tratamento




°º Ciclo Evolutivo Biológico

Ciclo Biológico - Leishmaniose