sexta-feira, novembro 21, 2014

Isabella Barroso ^^

Gostaria de apresentar a todos a Isabella Barroso, acadêmica de Nutrição, que irá colaborar com conteúdo para vocês. A gente sempre fala da importância da equipe multidisciplinar, só que mais que falar temos que realmente executar tal pensamento. Com toda certeza reconheceremos a importância da Nutrição no cuidado com os clientes, e como o cuidado pode ser 'zil' vezes melhor e eficaz com as profissões unidas.



Queridíssima, carinhosamente chamada de Bella :D


Bem-vinda !!!

quarta-feira, outubro 01, 2014

Síndrome de Reye

A síndrome de Reye (SR), constitui encefalopatia não inflamatória aguda e grave, com infiltração lipídica de diversas vísceras - acomete principalmente o fígado - descrita como entidade clínica e patologicamente distinta por Reye, Morgan e Baral em 1963.

Contribuíram para que a síndrome não fosse reconhecida antes, a realização pouco frequente de biópsia hepática e o raro emprego de técnicas histoquímicas adequadas para gordura. Habitualmente ocorre um ou vários dias após infecção viral e se caracteriza por manifestações de encefalopatia difusa associada a alterações hepáticas funcionais; dessa forma o coma, as convulsões e a hepatomegalia podem preceder em 48 a 72 horas à parada cárdio-respiratória e à morte.

O síndroma de Reye foi descoberto em 1963 e no período de 1974 a 1984 acometeu entre 200 e 550 crianças por ano em alguns países desenvolvidos. Atualmente, é considerado um processo muito raro, pois infecta menos de 20 crianças por ano, em parte porque são utilizados outros medicamentos como analgésicos e antipiréticos, no lugar da aspirina.

Os surtos importantes ocorre no fim do Outono e durante o Inverno, atingindo pessoas com gripe e com varicela. Um irmão de uma pessoa que tenha tido a SR é mais propenso a contraí-la, não se sabe se esta tendência ocorre porque a infecção passa de um irmão para o outro, se é porque os irmãos partilham uma exposição a uma determinada toxina ou porque existe um componente hereditário.

CAUSAS

Embora se desconheça a causa da síndrome de Reye, certos vírus, como os vírus A e B da gripe ou o vírus da varicela, podem estar implicados, talvez em combinação com a ingestão de aspirina, a qual pode aumentar até 35 vezes o risco de contrair a síndrome de Reye. O uso de aspirina ou de compostos similares (chamados salicilatos) em crianças e adolescentes é considerado potencialmente perigoso durante processos virais. Entre os diagnósticos diferenciais, incluem-se os erros inatos do metabolismo.




SINTOMAS

Os sintomas surgem normalmente 4 a 5 dias após a infecção viral, quando na verdade o paciente deveria estar se recuperando. Os sintomas e sinais possíveis da Síndrome são:
  • Êmese persistente e contínua;
  • Confusão;
  • Letargia e languidez;
  • Alteração do estado mental;
  • Delírio e convulsões;
  • Posição incomum de braços e pernas (Postura descerebrada: Braços bem estendidos apontam para o corpo, pernas mantidas em linha reta e os dedos dos pés para baixo);



Outros sintomas que podem ocorrer são:
  • Visão dupla;
  • Diminuição da audição;
  • Perda da função muscular ou paralisia dos braços/pernas;
  • Dificuldades de fala;
  • Insuficiência hepática fulminante;
  • A morte geralmente ocorre por aumento da pressão intracraniana e herniação sobre o tronco cerebral.


CRITÉRIOS LABORATORIAIS

  1. TGO e TGP três vezes (3x) acima do valor de referência;
  2. Punção Lombar;
  3. Biópsia Hepática;
  4. Amônia sérica normal ou elevada;
  5. Quanto maior o aumento da amônia, pior o prognóstico;
  6. A encefalopatia inclui um LCR com menor de 8 leucócitos por microlitro.

TRATAMENTO

Não há um tratamento específico da Síndrome de Reye. O procedimento é a monitorização da pressão, gases sanguíneos e equilíbrio ácido-base (pH) do sangue. A terapia utilizada é dirigida para proteger o cérebro contra danos irreversíveis, baseando-se em cuidados para reduzir o inchaço do cérebro, inverter danos metabólicos, prevenir complicações pulmonares. Os tratamentos incluem:
  • Administração de fluidos IV para fornecer eletrólitos e glicose;
  • Vitamina K (prevenir hemorragias);
  • Uso de manitol, corticosteroides (como dexametasona) ou glicerol para reduzir a inflamação e pressão no cérebro;
  • A respiração da criança pode ser apoiada com um respirador artificial.












REFERÊNCIAS

DA SILVA, Cleber Ribeiro Alvares e et al. Síndrome de Reye. Relato de caso. Departamento de Neuropsiquiatria e Psicologia Médica, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP. Pag. 401, Vol. 4. 

Perturbações provavelmente causadas por uma infecção: Síndroma de Reye. Disponível em: http://www.manualmerck.net/?id=289&cn=1533

Sindrome de Reye: Doença Rara e de Alta mortalidade que atinge principalmente crianças. Disponível em: http://www.boasaude.com.br/artigos-de-saude/3868/-1/sindrome-de-reye-doenca-rara-e-de-alta-mortalidade-que-atinge-principalmente-criancas.html

Síndrome de Reye. Disponível em: http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/spanish/ency/article/001565.html

Reye's Syndrome. Disponível em: http://www.reyessyndrome.org/